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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Quando a sala de aula se transforma em Laboratório


COMUNICAÇÃO TÉCNICA ELABORADA EM 2003 PELA PROFESSORA DAYSE MARIA ALONSO SHIMIZU PARA UTILIZAÇÃO NO NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO DOCENTE DO GRUPOFAEF

QUANDO A SALA DE AULA SE TRANSFORMA EM LABORATÓRIO: ASPECTOS TECNICOPEDAGÓGICOS DE ATUAÇÃO DOCENTE

SUMÁRIO

1. Considerações iniciais
2. Plano de aula
2.1. Planejando a Aula /introdução
2.2. Planejando a Aula /1ª parte
2.3. Planejando a aula / 2ª parte
2.4. Planejando a aula / 3ª parte
1º Momento/ introdução
2º Momento/ aula propriamente dita
3º Momento /avaliação
3. Considerações finais

1. Considerações Iniciais

Este texto expõe, resumidamente, os aspectos técnico-pedagógicos de atuação do docente em sala de aula. Não se pode esquecer que o ato de ensinar contém, também, o aspecto artístico, que é difícil de ser ensinado; ou seja, existem docentes que, mesmo não usando as estratégias aqui mencionadas e outras a serem estudadas, podem se dar muito bem na tarefa de ensinar, pois são dotados do aspecto artístico do ato de  ensinar. A arte de expor pensamentos, dosar argumentações, gracejar ao falar, empolgar, dramatizar, etc. caracterizam o aspecto, quase sempre inato e espontâneo, de ensinar com arte.
Entretanto, mesmo sendo artista no ato de ensinar, o docente que dominar os aspectos didáticos, que a seguir serão mencionados, certamente, poderá ser melhor sucedido.
Primeiramente, devo lembrar que ensinar algo a alguém implica que esse alguém aprenda; ou seja, não posso dizer que ensinei se não houve aprendizagem. O mesmo se diz quando se vende uma mercadoria, pois o vendedor não pode dizer que vendeu se o freguês não levou e nem pagou a mercadoria. Assim, na docência não será diferente.
Com base nisso e na necessidade de homogeneizar as atuações didáticas dos docentes do GRUPOFAEF , que apresenta bem definidas sua filosofia de educação e metodologia de ensino, é que foi elaborado este texto com algumas sugestões didáticas, com as respectivas explicações das ciências do ensino e aprendizagem, e que, certamente, tornarão a tarefa de ensinar mais científica e gratificante por ser bem sucedida.
Também, devo considerar que a maioria dos docentes da Instituição não são licenciados e sim bacharéis. Isso significa que não tiveram, em sua formação, os princípios básicos do ato de ensinar ou do como ser professor. Entretanto, como se conduziram para a docência, têm, a partir dessa opção, a obrigação de entender, e compreender a ciência de ensinar para não atuarem, profissionalmente, como leigos.
Assim sendo, dedico esta unidade ao entendimento de como se ensina durante uma aula, de 50 minutos. Com base na aprendizagem dos procedimentos para atuar durante uma aula, o professor terá subsídios para realizar, com facilidade, o planejamento de unidades ou do curso todo.

2. Plano de aula

2.1. Planejando a aula: introdução
Quando você se apresentar frente à classe à qual vai ensinar, certamente, deverá ter feito, anteriormente, um planejamento da aula; ou seja, não se improvisa em nada e, muito menos, na educação, pois isso caracterizaria uma atitude irresponsável e, certamente, direcionada ao fracasso.
O preparo anterior implica em selecionar e saber o conteúdo a ser desenvolvido e, também, na seleção das estratégias que serão usadas para atingir os objetivos.
Vou me ater, neste momento, ao planejamento da aula, nos aspectos didáticos, já que o conteúdo deverá estar, devidamente selecionado e dominado pelo professor.
Devemos lembrar que é impossível ensinar o que não se sabe; portanto, não será possível realizar o ato docente portando apenas os aspectos didáticos do ato de ensinar.
Lembro ainda, que duas situações são incompatíveis com a atuação do professor: não dominar o assunto que pretende ensinar e a falta de ética. São pontos que, realmente, não podem ser aceitos na docência . E ambos requerem tempo para serem forjados pois a formação do professor, nas competências exigidas na sua profissão  , ocorre na sua graduação e pós graduação. E a ética vem desde seu nascimento no seio familiar.

2.2. Planejando a aula: 1ª parte
Ao planejar uma aula o docente deve saber algumas particularidades que nortearão a definição de estratégias; ou seja, precisa ter informações sobre:
a)a disciplina a que pertence essa aula e qual a importância dessa disciplina na grade curricular do curso;
b)a grade curricular do curso todo e a carga horária total da disciplina, na qual se inclui essa aula;
c)os pré-requisitos que essa aula exige, em termos de conhecimentos anteriores que os alunos devem dominar para entender o assunto da aula em pauta (ganchos para novas aprendizagens);
d)quanto tempo dispõe para ministrar essa aula;
e)qual o número de alunos que assistirão à aula;
f)se a classe é composta  por alunos do gênero masculino, feminino, ou ambos;
g)quais os recursos audiovisuais que se dispõe para usar nessa aula;
h)qual o nível socioeconômico dos alunos.
i)se o conteúdo selecionado para esta aula está de acordo com o tempo disponível para ensiná-lo;
j)qual é a faixa etária dos alunos;
l) quais os problemas (gatilhos motivacionais)que consegue listar que ao serem analisados serão tratados nos conteúdos desta aula;
m) qual o texto (de tamanho razoável)que será enviado(via Moodle) aos alunos para que antes da aula já reflitam sobre esse assunto.

Todas essas questões são importantes para se obter sucesso no  empreendimento de ensinar; ou seja, quanto mais informações se tem sobre a população-alvo e sobre as condições de ensino apresentadas, maiores serão as possibilidades de acerto nas ações didáticas. Essas informações direcionam, por exemplo, a escolha dos problemas, que serão selecionados pelo docente e que estejam ligados aos interesses daquele grupo de alunos; serão suporte para toda motivação usada durante a aula. São os gatilhos motivacionais.

2.3. Planejando a aula: 2ª parte
Após ter colhido o maior número possível de informações sobre a população-alvo, o docente passa à fase de definir objetivos.
Definindo objetivos
Toda aula buscará, no mínimo, dois tipos  de objetivos, que precisam estar bem claros, tanto para quem ensina quanto para quem aprende; ou seja, os objetivos de cada aula devem ser passados aos alunos para que eles possam saber o porquê dos esforços do professor, ou saber onde o professor quer chegar e porque quer chegar.
Os objetivos propostos a longo e médio prazo são chamados objetivos gerais e os objetivos buscados a curto prazo são chamados objetivos específicos; estes são desdobramentos dos objetivos gerais. 
Os objetivos gerais são definidos pelo docente, buscando ações para um futuro bom para o aprendiz e, às vezes, se confundem com os objetivos a serem atingidos pelo curso superior escolhido pelo estudante. Na sua formulação, são usados verbos de ação não observáveis, tais como: desenvolver o gosto, despertar atenção, compreender o assunto, sensibilizar, despertar o gosto pelo estudo daquela área do conhecimento e provocar inquietação intelectual para tal assunto.
Os objetivos específicos se referem às ações visíveis ou observáveis a serem verificadas durante ou ao término da aula. Nessa formulação de objetivos específicos, o docente usará verbos indicativos de ação observável tais como: memorizar, identificar, comparar, definir, citar, realizar, criticar, resumir, analisar, sintetizar, aplicar, usar, etc.
Ao terminar cada aula, o docente deverá verificar se atingiu os objetivos específicos da mesma, pois os objetivos gerais não podem ser avaliados a curto prazo. Assim, cada aula termina com a verificação de aprendizagem para que o professor possa avaliar se atingiu, com as estratégias usadas, o que se propôs; ou se é necessário mudar de técnicas, estratégias e, até mesmo, repetir a aula mal-sucedida. Resumindo: Ao formular os objetivos específicos o docente já está formulando a avaliação ao final da aula, utilizando exatamente as operações mentais ou verbos de ação observável ali expressos.

2.4. Planejando a aula: 3ª parte
Sabendo o conteúdo a ser ensinado e os objetivos que pretende atingir, o docente passará a planejar a aula,  que é composta de três momentos:
1° Introdução
2° Aula propriamente dita
3° Avaliação
Para planejar esses três momentos da aula, o docente fará a previsão do tempo que destinará a cada um deles. Trata-se de uma distribuição prévia do tempo disponível, que poderá ser mudada, dependendo dos acontecimentos durante a sua execução. Pode, inicialmente, destinar 25% do tempo para a introdução, 50% para a aula propriamente dita e 25% para avaliação.

1º Momento: introdução
Trata-se do momento mais importante da aula, podendo o tempo destinado a ele ser ampliado o quanto for necessário, pois, sem a motivação, não acontece a aprendizagem. Entretanto, se a motivação ocorreu, o aluno aprenderá, mesmo que o professor não ensine. Costuma-se dizer que o aluno motivado aprende com o professor, sem professor e apesar do professor. Hoje, a informação está bastante disponível, podendo ser obtida sem o professor. Entretanto a este compete a tarefa de motivar. Para isso, é preciso que o professor saiba as bases científicas da motivação, pois motivar é sua principal tarefa. Conseguindo motivar seus alunos, o professor poderá se colocar como um recurso de aprendizagem, fornecendo as fontes das informações que os aprendizes passam a requisitar, delegando tarefas, motivando mais e mais seus alunos, visando a um crescimento processual da aprendizagem, enquanto isso for necessário.
A motivação, ou seja, o motivo da ação, o impulso para ação, pode ser denominado de intrínseco (ligada a fatores internos) e ou, extrínseco (ligada a fatores externos).
A motivação extrínseca se refere a ações efetuadas pelo aprendiz, cujo motivo se refere à busca de premiações concretas, visíveis, externas. As premiações, notas e elogios são reforços para desencadear e manter esse tipo de motivação. Ao iniciar uma aula, dizendo que o assunto do dia é conteúdo da prova bimestral, o professor conseguirá manter os alunos motivados, prestando atenção, se esforçando para entender, pois o prêmio, certamente, os interessa.
Esse tipo de motivação é eficaz, porém, se usado isoladamente, poderá resultar em uma falsa aprendizagem, de curta duração, apenas buscada para atingir a premiação proposta, destinado ao esquecimento, assim que não apresente mais utilidade. Pode se restringir apenas à memorização, enquanto durar a premiação.
A motivação intrínseca, que é a efetiva e duradoura,  é ligada às estruturas cognitivas e afetivas do aluno, que envolve interesse, atenção e gosto por aprender, sendo provocada pelo professor, por exemplo, através de problemas que são apresentados aos alunos, cuja resolução requeira os conteúdos a serem estudados naquela aula. A apresentação do problema, e de suas implicações e hipóteses de solução gera um desequilíbrio cognitivo e afetivo, ou seja, abalam os conceitos ou pré-conceitos que os estudantes tenham do assunto. A apresentação de um problema ou de um caso, que coloque em questão o suposto saber do aprendiz, desencadeia uma série de ações, buscando o restabelecimento do equilíbrio perdido. É quando se pode dizer que o aluno; realmente, está motivado. Desequilibrar, lenta e gradualmente, as estruturas cognitivas afetivas dos alunos... essa é a maior missão do professor.
A Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem basead learning), que é um método de ensino adotado por algumas instituições de ensino superior da América Latina e da Europa, se configura como uma forma de, realmente, ensinar e de o aluno aprender; pois, quando o aluno restabelece o equilíbrio cognitivo e afetivo que havia perdido, lá está o professor, desequilibrando novamente as estruturas e provocando novas motivações para aprendizagem. Temos um exemplo bem sucedido de utilização desse método de ensino em Marília/SP, na Faculdade Estadual de Medicina, que vem fazendo uso, com sucesso, desse conceito de ensinar. E, de maneira gratificante e segmentada, nas FACULDADES do GRUPOFAEF.
Em nossas Instituições , estamos usando a situação da problematização para gerar a motivação para aprendizagem, já que a utilização do método de maneira integral implica em alterações regimentais que ainda não podemos realizar, em função da ausência de autonomia das Instituições Isoladas de Ensino Superior - IES, como o GRUPOFAEF . Entretanto, com as futuras modificações pleiteadas junto ao MEC, assim que nos for permitido, estaremos adotando, efetivamente, essa metodologia, que se mostra adequada às mais modernas concepções de ensino superior.
Resumidamente, o método, propõe que, após o professor apresentar o problema para seus alunos, serão levantadas hipóteses ou proposições, ou seja, causas, as consequências e os desdobramentos gerados ou geradores do problema. Nessa fase, são levantadas hipóteses, desde as mais viáveis, até as mais absurdas e, nesse vai-e-vem intelectual, as supostas certezas caem por terra. Abalada a estrutura mental do aluno voltada àquele assunto, a mente se mostrará ávida de novos conhecimentos. É O DESCONSTRUIR PARA CONSTRUIR!

2º Momento: aula propriamente dita
Estando o clima propício para assimilação de novas informações, o professor passará à fase de aula propriamente dita, quando buscará oferecer o conteúdo programático do dia ou os conhecimentos que elucidarão o(s) problema(s) levantado(s) na fase da motivação.
Nesse momento, o professor deverá dividir a lousa ou o quadro de giz em partes. Em uma  dessas partes, colocará o sumário da aula, que ali permanecerá até o final. Geralmente, usará o lado esquerdo para dar conta desse roteiro, pois a lousa deve ser trabalhada usando os espaços da esquerda para a direita. É importante, também, escrever, inicialmente,na primeira parte das 4 partes , a data e o seu próprio nome com a titulação correspondente, pois, isso ajuda no diálogo do aluno com o professor, o qual passará a ser chamado pelo nome. A titulação exposta na lousa gera admiração pelo saber do professor e predispõe o aluno à imitação do modelo de profissionalização e direção de vida acadêmica que o título simboliza. O professor deverá deixar vazia uma parte das divisões que efetuou na lousa (a terceira parte localizada mais à direita) para que sejam colocadas as citações mais importantes que ocorrerão durante a aula, os desenhos e figuras ilustrativos, os nomes de autores citados, as datas, as fórmulas etc.
A maneira de escrever no quadro negro deverá ser de forma a não atrapalhar a cópia que os alunos estarão fazendo do sumário da aula. Deve-se escrever com o corpo posicionado lateralmente, evitando ficar, totalmente, de costas para os alunos. Do mesmo modo, a colocação do sumário deverá ser acompanhado de explicações do conteúdo que está sendo transcrito no quadro. Ir escrevendo com letra legível e falando, em tom alto e com palavras bem pronunciadas, é a melhor forma de apresentar o sumário da aula. Portanto, haverá uma exposição do conteúdo total da aula do dia de forma resumida, mas que permita ao aluno perceber, exatamente, toda a estrutura dos conhecimentos que serão trabalhados e apreendidos. Nesse momento de transmissão da visão do todo para o aluno, o professor estará atendendo à forma de percepção dos fatos, acontecimentos e assimilação de dados do ser humano adulto, que, primeiro tem a noção do todo, para depois perceber às partes. Dessa forma, já estando motivados pela fase anterior, os alunos copiarão o sumário da lousa e, ao mesmo tempo, perceberão todo o universo de informações que a aula do dia abrangerá. Consequentemente, estarão iniciando a organização da estrutura de novos conhecimentos que estão por vir. O professor segue explicando e escrevendo na lousa, até que todos tenham copiado o sumário, que será seu roteiro-base durante toda aula. Em diversos momentos da aula, o professor voltará à lousa, grifando itens e analisando cada parte daquele todo ou daquela estrutura de conhecimentos.
Já tendo exposto todo o conteúdo ou sumário , de forma geral e superficial, o professor passa para fase e exposição de dados, pormenorizadamente. Se optar por metodologias individualizantes, os alunos não conversarão entre si. Isso ocorre (os diálogos) quando o docente opta por metodologias socializantes, usando técnicas de grupos. Assim, no primeiro caso, poderá usar a exposição, na qual só o professor fala e os alunos ouvem. Essa técnica é positiva para elevar o nível das informações e conhecimentos transmitidos na aula; entretanto, por não permitir a interação dos alunos, pode se tornar limitante e prejudicar a aprendizagem, pois o aluno fica passivo, só recebendo as informações. Todos sabemos que o aprendiz tem que participar na elaboração de seus próprios conhecimentos (construtivismo). Assim, essa técnica pode e deve ser usada, desde que o professor a mescle com outras técnicas interativas de ensinar. Deve-se lembrar, também, que os ouvintes só se concentrarão na exposição durante os primeiros 15 minutos da aula. Após esse tempo, é necessário que o professor mude as estratégias para ser bem sucedido, podendo, posteriormente, voltar à exposição. Na exposição, é importante o tom da voz, o entusiasmo, a movimentação dentro do espaço que dispõe e boa pronuncia das palavras, ou seja, a dicção clara. Se o professor tiver problemas com essas especificações, deverá optar por textos escritos ou estudo dirigido, em que a aula expositiva passa a ser escrita e acompanhada de um guia de estudo elaborado pelo professor, na qual este explica e guia o aluno sobre o que pretende com aquela leitura e com a maneira de conduzi-la.
Além da exposição e do estudo dirigido (feito através de textos selecionados pelo professor e acompanhados de exercícios e atividades propostas aos alunos de forma individual). São, ainda, individualizantes as técnicas de estudo programado (conteúdo apresentado na  forma de perguntas e respostas, que o aluno, individualmente, responde às questões e vai apreendendo todo o conteúdo que foi cuidadosamente preparado), as leituras, as pesquisas em livros feitas individualmente para responder a uma série de questões, a apresentação de filmes, as palestras etc.
As técnicas de ensino interativas  dividem-se em dois tipos: grandes grupos e  pequenos grupos. As técnicas de grandes grupos servem para reuniões maiores de 30 alunos e são elas:
- GOGV: O Grupo de observação, em círculo, observa o Grupo de verbalização, que fica ao centro, e discute as perguntas ou problemas apresentados pelo professor. O grupo de observação não pode interferir na discussão e, se quiser, pode enviar, por escrito, recados para os que discutem ao centro, que formam o grupo de verbalização. Após um determinado tempo, os grupos trocam de lugar e passam a realizar a mesma atividade: GO torna-se GV e GV torna-se GO.
- Tempestade Cerebral: O professor parte de uma palavra relacionada ao tema do dia e conclama a todos para falar o que lhes vier à cabeça. As contribuições são escritas na lousa pelo professor, que depois fará uma exposição, unindo todas as contribuições e atrelando novos conhecimentos que não foram citados. Trata-se de um desdobramento da aula expositiva, mas, agora com a interação entre alunos e o professor.
- Cochicho ou grupo diádico: Trata-se de solicitar  um cochicho entre alunos vizinhos, para que respondam à questão colocada pelo professor. O cochicho dura dois minutos e, após esse tempo, cada dupla fala seu parecer, que é arrematado pelo professor com novas informações e destacando os aspectos mais relevantes da questão.
-  Phillips6,6: Trata-se de dividir os alunos em grupos de 6 alunos para a discussão de diferentes temas escolhidos pelo professor, durante 6 minutos. Após esse tempo cada grupo escolherá o seu relator, que exporá para toda a classe as conclusões a que chegaram. O professor une todas as respostas que, na verdade, tratam de todo assunto a ser ministrado naquela aula.
- Debate: Divide-se a classe em dois ou mais grupos. Estes grupos defenderão assuntos polêmicos, por intermédio de oradores escolhidos, que receberão bilhetes dos colegas com as sugestões.
-  Simpósio: Diversos grupos de alunos, preparam exposições sobre temas que se complementam e expõem os conteúdos, por intermédio de oradores simposiastas previamente escolhidos, sendo a participação de todos os ouvintes realizada por meio de bilhetes etc. O simposiarca coordena os trabalhos.
Para os pequenos grupos, com menos de 30 alunos, podem ser usadas todas as técnicas dos grandes grupos. O Seminário é eficiente apenas para pequenos grupos, pois todos recebem, anteriormente, o texto para leitura e, no dia da aula, sentam-se em círculo para esclarecer dúvidas entre si e com a contribuição do professor, cuja função e elevar a qualidade da aula. O sêmen (semente) é a pergunta lançada pelo professor, antecedendo à leitura do texto.
Nessa fase da aula, que é a aula propriamente dita, pode-se usar os recursos audiovisuais. Estes merecem muito cuidado para não se tornarem em prejudiciais à aprendizagem, pelo seu mau uso. O recurso deve provocar operações mentais e não inibi-las; deve despertar a atenção e não gerar sono; deve ser, especialmente, preparado para esses objetivos, não se admitindo cópias de textos em letras minúsculas que são lidos pelos docentes enquanto os alunos dormem. Nesses casos, seria melhor não usá-los.

3º Momento: avaliação
Toda aula termina com uma avaliação para que o professor possa oferecer se conseguiu atingir os objetivos específicos ou não. Portanto, a avaliação, ao final de cada aula, não é para julgar o aluno e sim a si próprio, o professor. O julgamento do aluno fica para a prova bimestral e a avaliação diária para o professor.
Essa avaliação diária deve ser feita após responder às questões finais propostas pelos alunos e precisa ser feita levando-se em conta os objetivos específicos expostos no início da aula. Em outras palavras, se os objetivos foram elaborados com verbos de ação observável, a avaliação será com questões que possam medir o alcance da aula na relação com os seus objetivos.
Podem ser usadas avaliações objetivas (testes), avaliações subjetivas (perguntas abertas) ou, ainda, a autoavaliação. Pode-se também solicitar ao aluno que avalie a aula, ou mesmo o professor, naquela atuação de ensino. De qualquer forma, a avaliação diária pode se restringir a uma amostra de alunos, escolhida aleatoriamente, e, em um curto espaço de tempo, o professor terá uma melhor visão de seu sucesso na aula ou da necessidade premente de mudar tudo, ou até mesmo repetir a aula numa nova versão didática.
Feita essa última parte da aula (avaliação), o professor deverá colocar na lousa a bibliografia a ser consultada pelos alunos, para enriquecer seus conhecimentos, tendo o rigor de usar as normas da ABNT; e tendo, também, o cuidado de especificar as páginas onde se encontram os conteúdos da aula, bem como indicar revistas e periódicos, especificando os artigos e suas localizações e, ainda,  os links que contenham dados complementares aos assuntos do dia. Esta poderá ser escrita durante ou ao final da aula usando a quarta parte da lousa mais à direita. Esta quarta parte também deverá conter um glossário de palavras da aula que mereçam destaque e detalhamento na compreensão.  Os alunos serão orientados para localizar no final de seus cadernos este glossário. 

3. Considerações finais

Com essas recomendações, acredito que as aulas se tornarão mais eficazes; e, somente quando a sala de aula se transforma em um laboratório de ensino, onde o professor se aventura em experiências voltadas ao ato de ensinar, introduzindo variáveis e observando os resultados, renovando, mudando e inovando a cada dia, é que essa aventura se tornará emocionante, valendo a pena cada encontro com os alunos, cada ida para o trabalho, cada pisar na sala de aula. A missão de ensinar... assim... vale a pena... e tudo vale a pena quando a alma não é pequena, já dizia Fernando Pessoa. Boa sorte e sejam felizes realizando, diariamente, o parto do conhecimento em seus alunos.

BIBLIOGRAFIA: Leituras diversas feitas desde a cartilha de alfabetização até o dia de hoje.

Professora Dayse Maria Alonso Shimizu
Garça, 18 de dezembro de 2003.

sábado, 7 de maio de 2011

PROJETO MELHOR IDADE NA FAIP



         Na última quarta-feira (27 de abril) teve início as atividades do Projeto da Melhor Idade da FAIP. O Projeto proposto pelo curso de Pedagogia oferece à comunidade mariliense, atividades físicas direcionadas, orientações posturais, aulas de dança, teatro, informática e informações sobre saúde e beleza. A grande variedade de atividades é possível devido a participação do curso    de    Educação   Física, coordenado    pela   Profa. Msc. Valéria   Martin
Regazzini, educadora física e fisioterapeuta e a Profa. Esp. Alana Tortato, coordenadora do curso de Moda e Estilismo da FAIP.
A Profa. Dra. Regina Cristiane N. C. Peres, pedagoga e fisioterapeuta,  coordena o Projeto  que em suas palavras “oferece a comunidade local a oportunidade de convívio, bem estar físico e mental e interação entre discentes, docentes e sociedade”.
         A população de pessoas com 60 anos ou mais vem aumentando significativamente segundo fonte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –IBGE. Neste sentido, os estudos e intervenções multidisciplinares são necessários para o entendimento, planejamento e aplicação de programas coletivos que promovam qualidade de vida e saúde para esta população (FORTI; CHACON-MIKAHIL, 2004).
Neste contexto, o espaço acadêmico oferece o cenário ideal para a integração entre os diversos profissionais e extensão à comunidade. Com este propósito a FAIP abre suas inscrições para a FACULDADE DA MELHOR IDADE!
As inscrições podem ser realizadas na secretaria da instituição durante todo o ano. As aulas são oferecida às quartas e sextas, das 9 às  10 horas.
Sejam bem-vindos!


REFERÊNCIA
FORTI, V. A .M.; CHACON-MIKAHIL, M. P. T. Qualidade de vida e atividade física na terceira idade. In: GONÇALVES; VILARTA. Qualidade de Vida e Atividade Física.Barueri: Manole, 2004.




 








terça-feira, 26 de abril de 2011

Ministério Público quer tornar crime a prática do bullying



Anteprojeto de lei dos promotores da Infância e Juventude prevê penas de reclusão e multa
da redação | 19/04/2011 17h 07
Promotores da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo querem que a prática do bullying seja considerada crime.
Fonte : http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/ministerio-publico-quer-tornar-crime-pratica-bullying-625489.shtml

O anteprojeto de lei elaborado pelos promotores prevê pena de 1 a 4 anos de reclusão, além de multa. A proposta prevê que serão condenados os atos que expuserem alguém a constrangimento público, escárnio ou qualquer forma de degradação moral ou física, sem motivação clara e numa relação desigual de poder.

As penas ainda podem aumentar se forem cometidos cyberbullying (que usa internet e redes sociais para a prática) e se forem contra menores de 14 anos ou com portadores de deficiência mental.

Apesar das penas de reclusão, grande parte dos casos de bullying ocorre entre estudantes menores de idade. Assim, seria preciso pensar a aplicação de medidas socioeducativas no lugar de penas.

No próximo dia 6 de maio o projeto será submetido à aprovação na Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público, para depois ser encaminhado a um deputado federal.

"O bullying merece análise e estudo por parte dos professores e diretores da escola a fim de criar metodologias de solução e prevenção. Não é criminalizando-o que se resolverá o problema. É preciso uma posição educativa sobre o caso, não jurídica e penal".

Para Graciani, a solução está nos métodos pedagógicos das escolas e também no trabalho dos pais em casa, que precisam conversar com os filhos sobre o assunto e saber identificar quando há um problema do tipo acontecendo.

"Só essa reflexão pedagógica pode ser uma solução de caráter preventivo, que coloca a sociedade como um todo no debate. É melhor que uma ação penal", afirma.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

PNE 2011-2020: uma nova chance para velhas necessidades



Decidir quem paga a conta e o que fazer com quem não cumprir as metas é condição para tirar do papel o Plano Nacional de Educação (PNE)

Ivan Paganotti e Rodrigo Ratier (novaescola@atleitor.com.br)

A hipótese otimista promete impulsionar o país rumo a outro patamar de desenvolvimento. Se cumprido integralmente, o novo Plano Nacional de Educação (PNE) pode, em dez anos, universalizar a Educação Básica para crianças e jovens de 4 a 17 anos e alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade (mais 17 milhões de jovens e adultos). A alternativa pessimista... Bem, essa é velha conhecida. Se o plano não sair do papel, vai se somar aos inúmeros projetos que enfeitam prateleiras com sonhos nunca concretizados.

Não é a primeira vez que o governo federal tenta formular um guia para as políticas públicas em Educação. A primeira bússola sugerida foi a versão anterior do PNE, que vigorou de 2001 a 2010. Produzida no fim do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, apresentava 295 metas e um diagnóstico complexo do setor. Não deu certo por várias razões. A quantidade de objetivos contou contra, diluindo as demandas e tirando o foco do essencial. Segundo, muitas da metas não eram mensuráveis, o que dificultou seu acompanhamento. Também faltaram regras com punições para quem não cumprisse as determinações. Finalmente - e, talvez, o mais importante: um dos artigos do plano foi vetado pela presidência. Era a proposta de aumentar a parcela do Produto Interno Bruto (PIB) investida em Educação de 4 para 7%. Sem dizer de onde viria o dinheiro, o PNE de 2001 virou letra morta antes de nascer.

A nova edição parece ter ganho com os erros do passado. Centrado nas demandas da Conferência Nacional de Educação (Conae) do ano passado, o Ministério da Educação (MEC) preparou um plano que começa agora a ser debatido pelo Congresso, aguardando a aprovação dos parlamentares. Sucinto, o documento tem 20 metas, a grande maioria quantificável por estatísticas. Além das citadas no início deste texto, outras seis dizem respeito à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental: universalizar o atendimento aos estudantes com deficiência, oferecer ensino em tempo integral em 50% da rede pública, atingir média 6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nas séries iniciais e 5,5 nas finais, oferecer 25% das matrículas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) integradas à Educação profissional nas séries finais, atender 50% das crianças de até 3 anos e erradicar o analfabetismo - as duas últimas, reedições do PNE de 2001, o que dá uma medida do fracasso da antiga versão.

terça-feira, 22 de março de 2011

MEC - Seja um professor



Como se tornar um professor?
Fonte : http://sejaumprofessor.mec.gov.br/internas.php?area=como&id=requisitos

Requisitos

Podem lecionar nos Ensinos Fundamental e Médio das escolas de Educação Básica, os graduados em licenciaturas e Pedagogia. Na Educação Infantil (creches e pré-escolas) e nos quatro primeiros anos do Ensino Fundamental, admitem-se professores com formação mínima de nível médio, na modalidade normal. Porém, o projeto de lei 5.395/09, que tramita no Congresso Nacional, prevê que apenas a Educação Infantil admita professores com formação mínima de nível médio, na modalidade normal.
Para ingressar como professor de qualquer instituto federal, basta apenas a graduação. Entretanto, o plano de carreira prevê uma retribuição por titulação, que aumenta o salário caso o professor tenha mestrado, doutorado ou mesmo especialização.
Os docentes das universidades federais precisam ter ao menos grau de mestre, para concorrerem aos cargos dos concursos, pois atuam especificamente no Ensino Superior. As carreiras das instituições federais também prevêem aumento de salário caso o professor aumente sua titulação.




Onde trabalhar

Os dados do Censo da Educação Básica de 2009 revelam que há no país 194.546 escolas de Educação Básica, entre públicas e privadas. A maior parte das instituições - 136.329 - oferece os anos iniciais do Ensino Fundamental; outras 61.624, os anos finais. Já 25.709 têm Ensino Médio. Os estabelecimentos com Pré-Escola somam 104.224 e as creches, 41.506. As escolas que oferecem Educação Básica na modalidade Educação de Jovens e Adultos são 40.078 e as que oferecem Educação Profissional, 3.461. Nessas escolas, estudam 52 milhões de alunos da creche ao último ano do Ensino Fundamental.
Para ensinar esse enorme contingente de alunos, o censo identificou 1,8 milhão de professores de Educação Básica no país: 1,5 milhão trabalham exclusivamente na rede pública de ensino, em escolas federais, estaduais ou municipais - atuando em uma ou mais destas redes. Apenas 16,4% dos professores trabalham apenas na rede privada - um total de 309,6 mil docentes.
Além das escolas de Educação Básica que estão nos estados e municípios, os licenciados e pedagogos também podem trabalhar em instituições da rede federal de Educação Profissional e Tecnológica que oferecem Ensino Médio. São 38 institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia espalhados pelo país.


Programas de Incentivo
ProUni - Programa Universidade para Todos
O Programa Universidade para Todos (ProUni), criado em 2005, oferece bolsas de estudo em instituições privadas de Educação Superior. Desde o início do programa, 748 mil pessoas já foram beneficiadas com bolsas de estudos parciais e integrais e puderam ingressar no Ensino Superior. Podem concorrer os candidatos que tenham renda familiar de até três salários mínimos por pessoa.

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Fies - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior
O Fundo de Financiamento do Estudante do Ensino Superior (Fies) é um programa do Ministério da Educação, operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), destinado a financiar a graduação de estudantes de baixa renda, que não tenham condições de arcar com as despesas de sua formação. Atualmente, são agentes financeiros do Fies o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

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Como surgiu a profissão
A educação oficial no Brasil começa em 15 de outubro de 1827, com um decreto imperial de D. Pedro I, que determinava que "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". É por causa desse decreto, inclusive, que o Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. A data, contudo, só foi oficializada em 1963.
O acesso à educação, porém, ainda era muito restrito na época do Império. Apenas famílias ricas tinham condições de contratar professores para educar seus filhos. Esses profissionais ou atuavam em escolas privadas ou vendiam conhecimento de forma independente.
Apenas a partir dos anos 30, com o surgimento dos grupos escolares, foi que o ensino público gratuito passou a se organizar e atender mais alunos. Nessa época, o poder público passou a se responsabilizar efetivamente pela educação das crianças. Assim, houve a expansão e interiorização dos grupos escolares e as primeiras escolas de formação superior de professores em licenciaturas surgiram.




Fatos interessantes
- Sabia que nem sempre o ensino no Brasil foi organizado com um professor à frente do quadro negro e crianças em fileiras? Até a primeira metade do século XIX, o método era o monotorial: o professor ensinava o conteúdo a alguns alunos, que tinham mais facilidade em aprender o conteúdo. Esses alunos, os monitores, repassavam o conhecimento aos outros alunos que tinham mais dificuldades.
- A primeira escola de formação de professores em nível médio, na modalidade normal, para o ensino de alunos da Educação Básica data de 1835. A escola foi criada em Niterói (RJ). Depois disso, poucas instituições de formação foram criadas. Só no início do século XX, por volta dos anos 30, os primeiros cursos de licenciatura para formação superior de professores foram estruturados. Mesmo assim, apenas nos grandes centros urbanos da época.
- Em 1827, D. Pedro I instituiu que a educação superior seria de responsabilidade do governo imperial. O Ensino Superior era destinado exclusivamente à formação das elites do país. Foi assim até a primeira metade do século XX. Só na década de 60, o poder público passou a se preocupar com a democratização




Grandes Educadores


Paulo Freire - Paulo Reglus Neves Freire, educador pernambucano, viveu entre 1921 e 1997. Ficou conhecido pelo empenho em ensinar os mais pobres; por isso, tornou-se uma inspiração para gerações de professores. Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, a partir de suas primeiras experiências em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias. Suas principais obras foram a Pedagogia do Oprimido (1968), Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995).
Anísio Teixeira - O educador Anísio Espínola Teixeira introduziu no país o conceito de escola gratuita e para todos. O educador baiano, que viveu de 1900 a 1971, entendia a escola como uma instituição democrática, que oferecesse as mesmas oportunidades a filhos da classe alta e do proletariado. Defendia os princípios de um sistema educacional público, gratuito e obrigatório - que, mais tarde, fariam parte da Constituição. Fundou a Universidade de Brasília (UnB) e a Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (antigo nome da Capes). A participação de Anísio foi também fundamental na elaboração e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases de 1961, que definiu os rumos da educação no Brasil.
Darcy Ribeiro - Darcy Ribeiro era professor, etnólogo, antropólogo, ensaísta e romancista, nascido em Montes Claros (MG), em 1922. Formou-se em Ciências Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1946), com especialização em Antropologia. Ribeiro foi Diretor de Estudos Sociais do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais do MEC (1957-61) e participou, com Anísio Teixeira, da defesa da escola pública e da criação da Universidade de Brasília, da qual foi o primeiro reitor. Foi Ministro da Educação e Secretário de Educação do Rio de Janeiro, quando ficou encarregado de implementar os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), escolas de tempo integral com projeto político-pedagógico inovador. Faleceu em Brasília, em 1997.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Faculdade garcense está entre as melhores no Estado

A Faculdade de Ciências Humanas de Garça – FAHU – conquistou um resultado muito positivo para a cidade e região. De acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC) divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP) a faculdade ficou em 31.º no Estado, entre as 361 avaliadas. No país, segundo divulgado, ela ficou na posição 73.ª, num universo de 1.451 faculdades. Os resultados que foram divulgados na tarde de quinta-feira, 13, no site oficial do órgão apontam que a Faculdade de Ciências Humanas de Garça obteve desempenho 4 no índice. O Inep coloca que índices 1 e 2 são considerados insatisfatórios, índice 3 – razoável e índices 4 e 5 são considerados bons. A Faculdade de Ciências Jurídicas e Gerenciais de Garça – FAEG - e o Instituto Superior de Educação de Garça – IESG - saíram razoável na avaliação e conquistaram o índice 3. A primeira ficou em ficou na 131.ª posição no Estado e em 348 no país, enquanto que a segunda ficou em 208.º lugar no Estado e 609ª no país. Já as faculdades de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça – FAEF – e Instituto de Ensino Superior de Garça – IESG – ficaram com resultados insatisfatórios e na avaliação obtiveram o conceito 2. Entre as 361 faculdades avaliadas no estado, o Instituto de Ensino Superior de Garça ficou em 274.º lugar, e a faculdade de Agronomia ficou em 290.ª posição. Já no ranking nacional, entre as 1.451 instituições analisadas, a primeira ficou em 924 lugar enquanto que a segunda ficou na 1.021 posição. Na região mostraram um bom desempenho a Universidade de Marilia que foi a sétima universidade no Estado em classificação, entre 36 analisadas. Já no pais ficou na 81.ª posição entre 172. No âmbito das faculdades a Faculdade de Medicina de Marilia foi a melhor classificada, com conceito 4, ficou em 24.º lugar no Estado e 52 no país. Na avaliação as instituições também foram subdivididas com a classificação de Centros Universitários e, neste contexto o Centro Universitário Euripedes de Marilia obteve a nota 3. Entre 148 centros avaliados no país ficou na 53.ª posição e entre os 49 centros do estado ficou na 13.ª posição. As notas obtidas mostra a qualidade do ensino superior no interior paulista e Garça vem mostrando sua força. O que é o IGC O Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC) é um indicador de qualidade de instituições de educação superior, que considera, em sua composição, a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado e doutorado). No que se refere à graduação, é utilizado o CPC (conceito preliminar de curso) e, no que se refere à pós-graduação, é utilizada a Nota Capes. O resultado final está em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5). O CPC é uma média de diferentes medidas da qualidade de um curso. As medidas utilizadas são: o Conceito Enade (que mede o desempenho dos concluintes), o desempenho dos ingressantes no Enade, o Conceito IDD e as variáveis de insumo. O dado variáveis de insumo – que considera corpo docente, infra estrutura e programa pedagógico – é formado com informações do Censo de Educação Superior e de respostas ao questionário socioeconômico do Enade. A forma do cálculo do CPC tem implicações sobre a representatividade do IGC. Para um curso ter CPC é necessário que ele tenha participado do Enade com alunos ingressantes e alunos concluintes. Portanto, o IGC é representativo dos cursos que participaram das avaliações do Enade, com alunos ingressantes e concluintes. Como cada área do conhecimento é avaliada de três em três no Enade, o IGC levará em conta sempre um triênio. Assim, o IGC 2007 considerou os CPC’s dos cursos de graduação que fizeram o Enade em 2007, 2006 e 2005; o IGC 2008 considerou os CPC’s dos cursos que participaram do Enade em 2008, 2007 e 2006; e assim, sucessivamente. A medida de qualidade da graduação que compõe o IGC é igual à média dos CPC’s para o triênio de interesse. A Avaliação dos Programas de Pós-graduação, realizada pela Capes, compreende a realização do acompanhamento anual e da avaliação trienal do desempenho de todos os programas e cursos que integram o Sistema Nacional de Pós-graduação, SNPG. Os resultados desse processo, expressos pela atribuição de uma nota na escala de 1 a 7 fundamentam a deliberação CNE/MEC sobre quais cursos obterão a renovação de reconhecimento, a vigorar no triênio subseqüente. A medida de qualidade da pós-graduação que compõe o IGC é uma conversão das notas fixadas pela Capes.