A poesia tem sido cada vez mais esquecida nas práticas de sala de aula. Dos tipos de poemas: lírico, drama e épico, o primeiro tende a ser o mais comum nas vanguardas poéticas brasileiras.
O gênero lírico é complexo, cheio de subjetividade, passível de diversas interpretações e, provavelmente é por este motivo que a poesia tem sido deixada de fora da sala de aula.
No entanto, o motivo pelo qual se descarta o poema como ferramenta pedagógica é o mesmo pelo qual deveria fazer parte do cronograma de ensino do professor, uma vez que a poesia exercita a reflexão e a memorização.
A poesia na Antiguidade era usada como entretenimento, ritual, filosofia; os poetas eram ditos como pessoas sábias. Há, portanto, necessidade urgente de se resgatar o prazer encontrado em se trabalhar a poesia e quebrar o tabu escolar de que é difícil trabalhar com poemas.
O professor pode começar recitando um poema curto ou apenas alguns versos e fazer perguntas aos alunos a respeito do texto, como por exemplo: quem é o autor? O que ele estava pensando quando escreveu? Qual o assunto do texto?
As perguntas irão despertar nos alunos reflexões e divergências quanto às interpretações, o que é ótimo, já que o professor poderá enfatizar o valor maior da poesia, o qual é o das possibilidades de comunicação que cada uma pode trazer.
O objetivo de se trabalhar a poesia em sala é o de estimular a oralidade, a criatividade e a reflexão a respeito de fatos da vida de cada aluno. Além disso, o educador pode trabalhar a escrita de poesias, contudo deixar os alunos livres de temas, para que seus anseios interiores sejam retratados enquanto escreve.
Logo, em uma só aula o estudante vai ter estimulado diversos pontos de aprendizagem: leitura, interpretação, criação, reflexão.
Importante: Para as turmas iniciais a professora pode começar com pequenos poemas, como a parlenda ou mesmo o trava-línguas, além de músicas com letras em rima, como a cantiga de roda.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola