Pesquisar este blog

terça-feira, 26 de abril de 2011

Ministério Público quer tornar crime a prática do bullying



Anteprojeto de lei dos promotores da Infância e Juventude prevê penas de reclusão e multa
da redação | 19/04/2011 17h 07
Promotores da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo querem que a prática do bullying seja considerada crime.
Fonte : http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/ministerio-publico-quer-tornar-crime-pratica-bullying-625489.shtml

O anteprojeto de lei elaborado pelos promotores prevê pena de 1 a 4 anos de reclusão, além de multa. A proposta prevê que serão condenados os atos que expuserem alguém a constrangimento público, escárnio ou qualquer forma de degradação moral ou física, sem motivação clara e numa relação desigual de poder.

As penas ainda podem aumentar se forem cometidos cyberbullying (que usa internet e redes sociais para a prática) e se forem contra menores de 14 anos ou com portadores de deficiência mental.

Apesar das penas de reclusão, grande parte dos casos de bullying ocorre entre estudantes menores de idade. Assim, seria preciso pensar a aplicação de medidas socioeducativas no lugar de penas.

No próximo dia 6 de maio o projeto será submetido à aprovação na Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público, para depois ser encaminhado a um deputado federal.

"O bullying merece análise e estudo por parte dos professores e diretores da escola a fim de criar metodologias de solução e prevenção. Não é criminalizando-o que se resolverá o problema. É preciso uma posição educativa sobre o caso, não jurídica e penal".

Para Graciani, a solução está nos métodos pedagógicos das escolas e também no trabalho dos pais em casa, que precisam conversar com os filhos sobre o assunto e saber identificar quando há um problema do tipo acontecendo.

"Só essa reflexão pedagógica pode ser uma solução de caráter preventivo, que coloca a sociedade como um todo no debate. É melhor que uma ação penal", afirma.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

PNE 2011-2020: uma nova chance para velhas necessidades



Decidir quem paga a conta e o que fazer com quem não cumprir as metas é condição para tirar do papel o Plano Nacional de Educação (PNE)

Ivan Paganotti e Rodrigo Ratier (novaescola@atleitor.com.br)

A hipótese otimista promete impulsionar o país rumo a outro patamar de desenvolvimento. Se cumprido integralmente, o novo Plano Nacional de Educação (PNE) pode, em dez anos, universalizar a Educação Básica para crianças e jovens de 4 a 17 anos e alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade (mais 17 milhões de jovens e adultos). A alternativa pessimista... Bem, essa é velha conhecida. Se o plano não sair do papel, vai se somar aos inúmeros projetos que enfeitam prateleiras com sonhos nunca concretizados.

Não é a primeira vez que o governo federal tenta formular um guia para as políticas públicas em Educação. A primeira bússola sugerida foi a versão anterior do PNE, que vigorou de 2001 a 2010. Produzida no fim do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, apresentava 295 metas e um diagnóstico complexo do setor. Não deu certo por várias razões. A quantidade de objetivos contou contra, diluindo as demandas e tirando o foco do essencial. Segundo, muitas da metas não eram mensuráveis, o que dificultou seu acompanhamento. Também faltaram regras com punições para quem não cumprisse as determinações. Finalmente - e, talvez, o mais importante: um dos artigos do plano foi vetado pela presidência. Era a proposta de aumentar a parcela do Produto Interno Bruto (PIB) investida em Educação de 4 para 7%. Sem dizer de onde viria o dinheiro, o PNE de 2001 virou letra morta antes de nascer.

A nova edição parece ter ganho com os erros do passado. Centrado nas demandas da Conferência Nacional de Educação (Conae) do ano passado, o Ministério da Educação (MEC) preparou um plano que começa agora a ser debatido pelo Congresso, aguardando a aprovação dos parlamentares. Sucinto, o documento tem 20 metas, a grande maioria quantificável por estatísticas. Além das citadas no início deste texto, outras seis dizem respeito à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental: universalizar o atendimento aos estudantes com deficiência, oferecer ensino em tempo integral em 50% da rede pública, atingir média 6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nas séries iniciais e 5,5 nas finais, oferecer 25% das matrículas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) integradas à Educação profissional nas séries finais, atender 50% das crianças de até 3 anos e erradicar o analfabetismo - as duas últimas, reedições do PNE de 2001, o que dá uma medida do fracasso da antiga versão.